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[Eliot:]
Entre nós isto é hipnose, é HipHop p'á nação
Não há segunda hipótese p'á primeira impressão
Então, sob pressão, eu não me apresso na apresentação
Eu não 'tou preso num verso, sou mais do que uma versão
Mais do que um refrão, cada linha uma lição
Um rasto, que um dia seguirão.
Adivinha onde te levarão, admira a minha visão
Consta que as estrelas se alinharam nesta constelação
Consta que estão em ascensão, muitos ficarão a ver
Outros se esticarão p'a ter atenção
As minhas letras são cometas, vim trazer vossa extinção
Estão no rap pelo money mas não têm munição
Fecha o bico, tempo é guita, aproveita a explicação
Fecha o pica, tempo é vida, aproveita-a meu irmão!
Não rimes tudo num dia, mais virão
Não vivas tudo num dia, mais virão
Refrão 2x
[Benny B. & Eliot:]
São Rastos Líricos a deixar vestígios
De estados de espírito
Do que vivemos, por onde andamos
São Rastos Líricos a deixar vestígios
Do que vivemos, por onde andamos
São estados de espírito
[Benny Broker:]
Rastos Líricos deixam-te em estado crítico
Sem contacto físico e isso é um facto verídico
Arrasto espíritos p'a buracos cíclicos
Dou-lhes tudo o que precisam p'a torturar políticos
Abusar dos químicos, num estado explícito
Pegar em MC's bué fixes e deixá-los tímidos
Atitude com virtude, tudo num compasso rítmico
Rimas, flows e beats, envolvidos num pecado íntimo
Um gajo específico... Só guardo vícios,
Demasiado magníficos: charros, líquidos, escarros míticos
Ganda padrada! Sei dar uso à rima
Que deixa a Tuga assim meio atrapalhada
Cada pegada tem no mínimo uma rima
Sou Luso dou luz às quinas num alucínio numa esquina
Refrão 2x
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Eliot - In(con)formado
03:41
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[Eliot:]
Cada barra caracteriza
A garra que cicatriza no beat e analisa
Rapaz com a alma da liza
Escarra na cara de quem duvida
'Tou com a tara não pára, sempre a matar a bebida
'Tou com a tala não me calas, quando eu falo acredita
Sou uma bala infinita. Diz-me quem me dita o fim
Quando eu me deito, eu medito e procuro em mim
Um novo universo está dentro de ti
Geração do tecnho e tecnology
Tu iPad s porque iPod s nem que iPhones ao papi
Eu agradeço por tudo o que vivi
Não tem preço esse deram me quando nasci
Será que eu mereço o que tive ou só tive o que mereci?
No mercy for me! Merci, pour lá merde de lá vie
Visão dum visionário, 'tou fora do vosso aquário
Tu ficas no quarto a pensar num salário
Fazer algum p'a somar ao sumario
Mas para quê ? Se é precário
A crise é um pressagio, p'a subir o preçário
FMI vem em missão de missionários
'Tamos à mercê de mercenários
Money, é a alma de milionários
Que nos manipulam como otários
Eles 'tão armados com Armanis e armários
Nós avariados com vários tipos de inventários
Prontos p'a todos os cenários seus otários
Premonições. Eu prevejo munições pa impostores,
Falsos e falsificadores.
Estúpidos e estupores , estupidificadores
Este Estado é masoquista, coleccionadores de dívida
Dão coros a investidores , mas não investem no hoje, na vida
Mesmo jogo com diferentes jogadores, muitos já fogem da corrida
Aqui todos correm para a comida.
A vida não é cómoda mas era a única que servia
E 'tá servida. Lírica é seguida com sentido
Assim que concebida é conseguido
Eu sou o que tenho vivido
Não, eu sou o que tenho visto
Não, eu sou o que tenho sido
Aparecido mas não me farto de 'tar perdido
Não, eu 'tou no quarto neste labirinto
Folha é um Laboratório
Experiências com tinta
Não minto no auditório
Vim p'a acordar o dormitório
Possuído por um demónio
Fora do meu eu, eufórico
Este som é histórico cada estrofe é catastrófico
Óptimo, mas não vês não é óptico
Protótipo com tópicos impróprios p'a alguns consumidores
Fakes sentem-se, podem sentir algumas dores
Quem sente que se levante, 'tou com todos os seguidores
Dou respeito a todos. Não respeitas 'tas sujeito a socos
Bem vindo ao Clube dos Poetas Loucos!
Deixam-te os ouvidos mokos
Nao quero os louros, nem o trono
Sou um lobo de uma alcateia que não aceita ter um dono
Nao é seita mas respeita. Senão 'tas sujeito ao abandono
Aqui sao uns pelos outros
Muitos morrem por uns poucos
Deram tudo e nem um troco
Muitos morrem por uns pombos
Deram tudo e nem um troco só uns tombos
O mundo é louco porque nos também o somos
Sempre fui apaixonado pelo invisível
Insensato insensível, é um facto inconpreensivel
Porque eu faço o inconcebível
Não 'tamos ao mesmo nível,
Eu vou ser sempre inconformado com o impossível
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4. |
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[Benny Broker:]
Um novo dia, hoje, agora, neste momento
Atrevimento, na hora do renascimento
O tempo é estático mas rápido vês que não é lento
Mudanças, mutações, muitas desde sempre
É um movimento constante. Mexendo com tanto
Aprende contando, reaprende contando, mas sendo estonteante
Realidade subjectiva, relativa, sente!
Pensa positivo! Não vivas negativamente
Siga, reactiva a mente, usa o rumo ortodoxo
Sem ligar à guita, faz-te à vida e eu dou props
Não são pedras, são pedregulhos! Não te preocupes
Não ‘tou maluco, é pior que isso, mas tenho orgulho. Barulho!!!
Vida da Moka faço-te odes. Claro que posso, já te fodes
Dá-me trocos p’a me inspirar. Hardcore, ‘tou a inspirar,
Quem ouvir, a ser um gajo pobre, um gajo nobre?
Um gajo dorme no meio da rua, um homem faz o que tem que fazer
Já ‘tava atestado, arrumado, majestade não quero saber
Tanto faz! Fazer o bem tem que trazer paz.
Amor e harmonia? Sei que ontem eu sorria, acho
Rio abaixo, mil garrafas e um ash que ainda bafo
Encontrar a felicidade, omitindo medos
Ver guerreiros verdadeiros ou mentindo menos
Porque homens inocentes sempre houveram, sempre hão-de haver
E olha que eles ‘tão-te a ver! Querem-te controlar e limitar,
Dizer o que é certo e errado, que caminho deves seguir
E eu sei que isso é errado, mas sozinho é fodido
Somos prisioneiros da guita, escravos da sociedade
Eu sou prisioneiro da vida, não trabalho por centavos
Contra a vontade de mim próprio! E com isto assim…
Sócio, queres que ande por aí sóbrio?
Dá-me um bocadinho de ópio, papel e canudo
Acabo deslocado, inconformado, rebelde e maluco
São estes os nossos tempos!? Então é tudo merda
As caras que nós vemos nem sequer são as que nos governam
Por mim fugia p’a uma ilha, no chão era tudo erva
Mar, Terra, Amigos, Família, Diversão na taberna
Eu não ‘tou todo frito. Isso é mito.
Invisto skill, viste que aquilo que digo é no que acredito.
Eu nunca duvido: o Ser Humano vem da Natureza
Eu sinto-me bem é no meio da pureza
Verdadeira beleza, intensa, dá-me aquela leveza
Natureza, uma bela certeza.
Sinto, logo existo. E vou de cabeça!
Aconteça o que acontecer, só quero é que aconteça
Antes que enlouqueça… Não vou ser o estereotipo
A viver num prédio ou assim, mas nem quero o guito!
Desespero e grito: tempo das vacas gordas? Agora é o das vacas loucas,
Sa foda! Um gajo ‘tá cá p’a todas, né?
Corro a pontapé políticos, bancários.
Críticos, salários. Ridículos, otários!
Mas eu é que ‘tou mal, não é verdade meu puto?
Se não concordas com a sociedade és considerado maluco.
Vida de excessos não começa nem acaba
Excesso de vida sem pressa na minha estrada
Estraga! Quero deteriorar-me no exterior, siga.
Olho p’ós meus arraçados e vejo que não há amor, vida.
Não há valor na guita! E o meu teor grita
Que a beleza exterior, vai, a interior, fica.
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Selvagens (c/ Ariano)
03:38
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Eliot - Esverdeado
02:15
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7. |
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[Benny Broker:]
Já se 'tá a começar a compor a cena
Trago verdades nas frases não são flows apenas
Não pouso a pena! Propago o tratado do Estado de Natureza
Cito as dicas nas batidas com atestado de pureza
Descansado com a certeza que o que tiver que vir, virá
Se eu quiser, feliz, ficar na relax a virar...
São 4 anos, 16 estações. Na garagem gravações
Sem paragens nem refrões, mensagem agravava acções
Numa vida de negatividade, muda
Inicia a actividade numa positividade pura
Mas como? Se não temos guita hoje
Numa democracia cínica em que elegemos os ditadores
Eu não sei como é que vai ser quando a minha família se for
Antes não me parecia longe já nem sei onde fica hoje
Expresso o stress num conjunto de letras
Confesso que peço um bom fundo. Pensas que me confundo?
Tretas! Com um flow bruto rebentas como o ciclo monetario
Quando rimo, extermino, é homicidio voluntario
Claro que alucino, a arma do crime é o abecedário
RAP é fazer e tu metes sempre a cola ao contrario
'Tou-me a cagar para o notário. E acho isso notório
Não tenho carta nem B.I. e nasci num velório
No consumo obrigatório, tenho culpas no cartório
Mas tu caga no cenário e sente o "sonório"!
Maluco por não estar ajustado a uma sociedade como esta?
Só se eu fosse maluco é que estava ajustado a esta merda
E se ela te diz que é perfeita, mente.
Sei perfeitamente que ninguém tem uma perfeita mente.
Só me assusta a diferença entre o sujeito
Que sou quando me levanto e o sujeito que sou quando me deito.
Sujei-te com o meu som!? Estás sujeito...
A ser como eu sou, só estou bem onde não estou!
E no que diz respeito ao respeito nunca o dei a quem o comprou
Guita gira com a falsidade e eu caguei no complô
Meu pips 'tá-me sempre a dizer que nunca estou satisfeito com nada
Se eu pudesse, mudava
Sou uma Pedra Perdida, com uma "ganda" "pedralada"
Faça o que fizer a noite acaba apedrejada
'Tou sempre ocupado a ser eu próprio
Despreocupado a aquecer o ópio
Rastos Líricos Benny Broker Mokas K. Eliot
Dropa barras é de top
Notas escarras que são do fumo do fundo do pulmão,
Só catarro.
Ou te agarro ou deixo-te ir, ao relento na street
Enfrento-te no beat, não encravo, eu sei cuspir
No bafo tenho weed, liberto a mente, meto a cena "phat"
Claro que rebenta mesmo, é certo, aprende
Nem perco é tempo, bora!
É agora a hora p'a mudar o hoje
Não te quero ter na mão se podemos voar os dois
Despejar o nojo, acordar com o despertador
Dispensar o "pois" e lidar de perto com a dor
Eu 'tou nas puras, a curtir, a fazer
Já não sei do que 'tou à procura mas quando vir, vou saber
Acordo com fome, mas sem apetite
Só vi talas e ressacas não dá p'a evitá-las Mãe, é fudido..
Nem a pedido de mim próprio ando por aí sóbrio
Um bocadinho não chega! Dá-me um jardim d'ópio
Não tenho a cabeça na Lua, tenho a Lua na cabeça
'Tou na rua na conversa, sem pressa, no meu caminho
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